O ataque de um homem só: Alecsandro tenta se adaptar ao novo sistema

Técnico Jorge Fossati indica preferência pelo esquema 3-6-1. Camisa 9 pede aproximação de alas e meias

Atacante ganha menos liberdade para sair da área no esquema 3-6-1

Na zaga, três. No meio, seis. No ataque, só um. Bateu uma solidão em Alecsandro nos primeiros dias do Inter em 2010. Os treinamentos iniciais da temporada, em Bento Gonçalves, desenharam o time colorado no esquema 3-6-1, com o camisa 9 configurado como único atacante. Claro, o sistema é maleável, permite a aproximação de outros jogadores, mas Alecsandro parte em busca de uma adaptação ao novo esquema de jogo – usado pelo técnico Jorge Fossati em dois dos três treinamentos táticos realizados até agora.

- Ainda estamos nos enquadrando ao esquema do treinador. É tudo novo para nós, assim como é para ele. É um treinador novo, e ele também já mostrou que pode trabalhar com dois atacantes, mas está dando ênfase a um apenas. Temos que procurar entender a mensagem dele, o que ele quer, e se posicionar bem. Quando a equipe se posiciona bem, se adapta a qualquer esquema – disse Alecsandro.
 

No 3-6-1, o treinador pede que os zagueiros não arredem pé da defesa. Objetivo: permitir que os alas partam com tudo para o ataque. O mesmo vale para os meias.  

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- Quando o time joga com um atacante só, se o pessoal de trás não chegar, o jogador da frente fica um pouco isolado. Quando dois meias chegam e dois alas aparecem simultaneamente, como está acontecendo, acaba sendo como se tivesse dois pontas abertos e dois meias. O atacante acaba não ficando sozinho. Se o pessoal se preocupar em marcar e deixar de atacar, aí o jogador da frente fica isolado – comentou Alecsandro.

Com o esquema, o camisa 9 ganha espaço de ação mais reduzido. Fossati não quer que ele saia muito da área.

- Ele me posicionou na frente e pediu para eu ficar um pouco mais fixo, para ser a referência da equipe. Com um atacante, se eu for para as beiradas, perderemos a referência – afirmou o atacante.